terça-feira, março 15, 2005

enlevo

enlevo triste este
em que medieval te sentas
e eu fico só a olhar-te.
à distância, as aves
são finitas, o mármore
ressoa. os sentidos
adormecem mansos. há
noites em que a memória
fita. há árvores,
dispersos céus. as vozes
na floresta enchem tudo
de um delírio verde.
em mim e em ti se perde
este luar de março...

mário contumélias

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